*excepto segunda-feira, dia 6 de outubro
Centro Ciência Viva do Alviela
Inauguração: 4 de outubro, 14h30
                                                            O coletivo Guarda Rios desenvolveu ao longo deste ano uma série de atividades no território do rio Alviela: o projeto Escola Rio com alunos do 5.º ano das escolas de Alcanena e Minde, o Laboratório dos Sedimentos, através de uma série de residências com artistas convidados, o Observatório dos Rios do Alviela, um projeto de participação pública e literacia fluvial realizado na praia fluvial dos Olhos de Água, a caminhada performativa “Entre dois açudes” integrada no Alcanena Walking Festival e, finalmente, um conjunto de sessões de participação pública em colaboração com os Rios Livres GEOTA e o ISCTE, com o objetivo de levar as comunidades do Alviela a compreender as vantagens da remoção de barreiras obsoletas.
De todos estes processos, resultou uma diversidade de objetos artísticos em diferentes media, dos quais partilham agora parte, numa exposição patente no auditório do Centro Ciência Viva do Alviela.
Integram esta exposição os meandros impossíveis desenhados pela Marta Castelo, feitos com tintas à base de pigmentos de terra recolhida no Alviela, os objetos cerâmicos que originaram a performance participativa Beber das Pedras, evocando o caudal sólido de um rio, criados em colaboração com a Antónia Labaredas e o João Ferro Martins, e o filme Diatomáceas e Hifomicetos – parte II, um filme que brinca e se inspira na vida microbiana existente na água, o qual foi pintado e desenhado colaborativamente pelos 120 alunos das escolas de Alcanena e Minde diretamente sobre película 16mm.
O coletivo Guarda Rios é uma estrutura financiada pela DGArtes/Ministério da Cultura, que contou com o apoio e parceria da Materiais Diversos, do programa Rios Livres GEOTA (sob financiamento DIMFE e Fundação Calouste Gulbenkian) e do Município de Alcanena, para o desenvolvimento do seu trabalho no Rio Alviela.
                                                                                                                        
                                                                                                                        
                                                                                                            O coletivo Guarda Rios reúne artistas e investigadores com práticas de pensamento diversas — artes plásticas, performance, ecologia, arquitetura, tecnologia ou arqueologia – que são ativadas a partir de processos artísticos participativos – caminhadas, jogos, dinâmicas de grupo, ações coletivas, momentos de escuta e observação, desenhos e instalações na paisagem – envolvendo as comunidades onde o projeto se apresenta.
Desde 2019 que este coletivo tem mapeado questões relacionadas com a gestão da água ou o impacto humano sobre os ecossistemas fluviais, e partilhado em eventos, exposições e atividades com público, percorrendo geografias que vão do interior ao litoral, de norte a sul, dos meios rurais aos centros urbanos. Destacam-se os seguintes eventos e exposições: Odisseia Nacional / Programa Atos, Teatro Nacional D. Maria II, Santa Maria da Feira, Ourém e Tavira (2023); Ilustração à Vista – Desenhar um território, Ílhavo (2022); Fórum Antropoceno 2021 – Presidência Portuguesa da Comissão Europeia, Museu do Côa (2021); Não É Nada É Isto Tudo – Instituto, Porto e Appleton Box, Lisboa (2021); Sympósion, Tapada da Tojeira, Vila Velha de Ródão (2021); Anthropocene Campus Lisboa: Parallax, Culturgest Lisboa (2020); Chamar os pássaros, Lisboa Soa (2019).